Vou dormir e lembrar que amanhã virá um novo dia;
vou acordar e saber que tenho mais uma chance para viver;
vou ler meus livros e esquecer por um momento que os problemas não resolvem por si só;
vou correr, para sentir o vento batendo contra meu rosto, lembrando que vale a pena estar vivo;
vou amar e saber que sou importante para alguém;
vou chorar também, claro, para que eu possa dar valor à cura, pois um dia houve dor;
vou cantar e espantar todos os males que um dia me espantaram;
vou ser feliz e ter o mundo para mim, não importa o tamanho dele.

Falar sobre rotina é isso, as vezes, acabamos caindo na rotina até mesmo da escrita. E mais uma vez, é isso que me traz até aqui. Mas dessa vez, é uma forma de análise e não apenas reclamar.

Quando acostumamos com a correria, quando o nosso único assunto é apenas aquilo que devemos fazer para tal dia ou a quantidade de trabalho feito no dia anterior; acabamos deixando muitas coisas passar despercebido, o que não é novidade nenhuma para ninguém.

Mas mesmo na pressa, não deixo de observar alguns pontos interessantes sobre a vida das pessoas e a diferença entre seus níveis (tanto de educação, escolaridade ou até mesmo, idade). E foi o que aconteceu comigo hoje e acabou me marcando de alguma forma. Nossa sociedade acostumou com essa rotina corrida e esse 100 coisas a se fazer. Aproveitei os 40 minutos que tenho livre ao ir da faculdade até minha casa para poder ler um livro, para fazer um trabalho, já que não consegui terminá-lo no feriado. Uma senhora entrou no ônibus, e senti um certo egoísmo vindo de dentro de mim, porque teria que dividir o meu banco (mais uma questão da sociedade da pressa: o individualismo). E ela começou a conversar tão contente comigo, mas eu continuei lendo, já que se eu desse moral, não teria aproveitamento de tempo.

E comecei a pensar e me dispersar da leitura. Coitada da senhora, provavelmente não tem muita gente que converse com ela, ou que pelo menos escute suas lamentações ou histórias de vida. E ela não deixa de aproveitar a oportunidade de encontrar alguém simpático dentro do coletivo e tem esperança de poder colocar um pouco de suas angústias ou mesmo reflexões acerca do clima... que seja.

Me senti completamente egoísta e individualista, coisas que eu praticamente abomino em pessoas, que são mais comuns em cidade grande. E pra ser pior, mesmo observando isso em mim, não me virei para ela e não disse sequer um 'como vai a senhora?', mas sim, continuei lendo meu livro sobre "o que a internet fez com você". (Provavelmente encontrei uma dentre várias respostas neste momento).
Marcadores: , 2 comentários | edit post

Nos dias 28, 29 e 30 de Outubro acontecerá a 4ª Feira de Informação e Comunicação da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG. Tendo como temáticas: “Informação e comunicação no século XXI: multirrefencialidades” ou ainda “Sociedade da aprendizagem: o papel da informação e da comunicação”. Será portanto, uma forma de apresentar trabalhos científicos e técnicos nos formatos de TCCs, projetos experimentais, vídeos, fotos, palestras, conferências, debates, comunicações e exposições artístico-culturais.


Haverão apresentações culturais, mini-cursos e oficinas, palestras, conferências e apresentações dos grupos de trabalhos temáticos. Mais informações http://feicomfacomb.blogspot.com/