Elas falavam deles. Eles falavam delas. Elas achavam ruim eles falarem delas. Eles talvez nem sabiam que elas falavam tanto deles. Mas a verdade, é que eram todos iguais. Mesmos bloqueios, mesmos traumas, mesma vontade de amar, mesmo desejo de estar junto, mas algo não deixava que fossem felizes.

Ninguém conseguia entender o porquê de quererem uns aos outros e ninguém conseguia entender o porquê de não estarem juntos. Uma complexidade tão complexa que nem Freud ou Jung ou Kierkegaard poderiam entender.

Um misto de amor, ódio, amizade, pena, obsessão, sado-maso e outros sentimentos que sequer existem e sejam capazes de serem explicados.

Tão iguais e tão diferentes. Tão distantes e tão próximos. Tão estranhamente parecidos.
Não é saudade, é lembrança. Não é amor. Era amor. Mas as vezes me pego lembrando de algumas situações que passamos e me fazem ter certeza do quanto fui feliz.
Quando chega domingo, sempre me lembro da dificuldade que era me fazer acordar, mas mesmo assim, o quanto eu ficava feliz em ter alguém que deitava do meu lado e conversava comigo, muita vezes frustrante, porque eu não conseguia falar nada.
Ou então, quando você estava prestes a falar alguma bobeira dentro do carro, e eu começava a cantar a música que tocava no rádio, como uma criança dizendo 'lálálá, não to ouvindo nada'. E a gente quase iniciava uma competição para ver quem ganhava essa batalha.
Não dá tristeza ou aperto no coração. Mas sempre que lembro dessas coisas, solto um sorriso inocente e leve, feliz porque isso tudo um dia aconteceu. Mas como muitas coisas nessa vida, acabou. E não adianta sofrer, chorar ou espernear. Mas sim, lembrar. Apenas.
Normalmente entender os homens é bem simples, já que se resume em: cerveja, futebol e mulheres (sério, sem machismo!). Mas quando se trata de relacionamentos, eles conseguem complicar coisas muito simples.

Se uma mulher recebe uma mensagem do cara, ela fica feliz, empolgada e a lê umas 3 vezes seguidas e uma antes de dormir. Mas só! Se ele mandou na mensagem 'foi bom passar o dia com você' ela vai entender 'foi bom passar o dia comigo'. Mas se a mulher manda uma mensagem com o mesmo conteúdo para o cara, ele entende 'ai meu deus, ela quer namorar comigo já'. Talvez ela realmente goste do cara, até porque, não se costuma dar atenção para quem a gente não gosta. Mas dizer que você é um cara legal ainda está longe de querer dizer que ela já imagina vocês juntinhos, pensando no nome das crianças que vocês terão daqui 5 anos.

Quando uma mulher conversa com seus amigos, não é porque ela quer conquistá-los para que eles te façam pedi-la em namoro. Mas sim, por uma simples questão de educação e também, talvez você tenha um amigo que combine mais com ela do que você. Se ela lhe apresenta aos seus amigos, não é porque ela quer a aprovação deles quanto à escolha, mas, novamente, por uma questão de educação.

Se a mulher quer dormir de conchinha, não quer dizer que ela quer namorar com você. Talvez só signifique que ela está carente e quer alguém para abraçá-la durante a noite. Mas que pela manhã vá embora e deixe a cama só pra ela, nada de café da manhã ou selinhos tímidos causados pelo bafinho matinal.

Portanto, meus caros... não traduzam tudo o que nós mulheres dizemos/fazemos como uma indireta para você pedi-la em namoro. As vezes, você é alguém interessante que queremos ter momentos de namorandinhos, mas que durem 1 ou 2 dias apenas. E depois, por algum motivo (ou sem motivo algum!) perdem o encanto. Ou talvez a gente desiste, por não sabermos como agir, já que vocês pensam que somos loucas e desesperadas buscando um 'namorado'.
  E aí você passa a vida toda esperando por uma situação de filmes de comédia romântica para encontrar o amor da sua vida. Você espera alguém esbarrar em você no meio da rua enquanto carrega suas compras, ele te pede desculpas e te ajuda até chegar em casa. Ou então, começam a conversar no ônibus e descobrem pessoas em comum e passam a sair juntos e já se pega pensando 'quero ele pra mim, estou apaixonada!'.
  A questão é que as vezes, a pessoa que você procura é alguém que está bem na sua frente (literalmente) te atrapalhando a assistir o show que você tanto esperava. E aí, puxa assunto, pra ver se ele sai da sua frente. Conversam, meio que implicada ainda por ele estar atrapalhando, mas tudo bem. Trocam endereços de facebook, descobrem algumas coisas em comum e passam a noite toda conversando.
  Você vai embora e fica com a impressão de que queria conversar mais. Saber um pouco mais do que ele gosta de fazer, o que faz da vida... Passa a reparar alguns pontos em comum. Fica feliz quando ele curte seu status do Facebook e sente que podem ter algo em comum. Ele gostou do que você disse.
  E de repente, você se pega pensando em como queria que ele estivesse ali pra conversar sobre alguma bobeira. E quando você sai, espera ter alguém na sua frente, te atrapalhando a ver seu show preferido. Assim pode tentar de novo com outra pessoa. Mas não! É ele quem você quer.
  O jeito é esperar, ver o que a vida quer de vocês. Ver como vocês farão para se reencontrar e fazer isso valer a pena. E talvez, depois do reencontro, ele será a pessoa que estará na sua frente todos os dias, olhando nos seus olhos e dizendo o quanto te ama e que a espera só fez ele te querer mais, e vice-versa.
Eu não fiz minha lista de ano novo; e nem me vesti de branco como todas as pessoas fazem. Me vesti de verde, porque nos outros anos essa cor me deu sorte. Não usei calcinha rosa pra pedir amor, mas fiz minha unha com rosa e laranjado, para que haja um amor nesse novo ano, porém que nele eu veja alguma razão, e não apenas sonhar com os pés longe da Terra.

Eu não estourei uma garrafa de Champanhe e nem brindei com o líquido que nos traz algumas bolhinhas de alegria. Não o joguei na cabeça de ninguém, e pela primeira vez, as primeiras pessoas que abracei não foram meus pais. Pelo contrário, foram pessoas que conheci há umas 10 horas antes da virada, e ainda no meio de Janeiro, não abracei meus pais com um desejo de Feliz Ano Novo, por mais que eu o tenha recebido como um integrante qualquer da minha vida.

Não passei de salto alto, nem pulei sete ondas e nem comi sei lá quantas uvas. Mas eu tenho comigo a minha crença acerca do reveillon. Por mais que neste ano ele tenha chegado rápido demais e eu mal tenha dado conta de sua presença, desejei que neste ano, algumas coisas boas aconteçam a mim....Quanto às outras? Aos poucos vou me ajeitando, e elas vão acontecendo conforme a música. E se não for neste ano, quem sabe no próximo né?!
Sabe, esses dias eu estava pensando no quanto algumas pessoas se contentam com pouco:
  • Você acorda 6 horas da manhã e bate o dedinho no pé da cama, aí pensa: 'calma, isso não vai estragar meu dia'.
  • Você vai toda empolgada tomar leite com sucrilhos e quando vê, sua irmã acabou com seu sucrilhos e voce vai pra faculdade com fome. E pensa:'menos mal, to precisando de um regime mesmo'.
  • Sai de casa, pega um ônibus lotado, ninguém segura o seu caderno, e numa curva, você quase vai fazer uma visita pro motorisa. E pensa: 'bom que quando eu tiver meu carro, vou dar valor'.
  • Chega no trabalho, leva uma bronca do chefe por algo que nem foi culpa sua. E então, pensa de novo: 'um dia serei valorizada por tudo isso, e vou conseguir um trabalho ótimo e vou ser rica'.
  • Dá 6 horas da tarde, hora de ir embora pra casa, descansar tranquilamente e quando você sai do trabalho, uma chuva daqueelas; e não tem pai,nem mãe, nem namorado, nem o Papa pra poder te buscar e você tem que ir debaixo de chuva mesmo. Logo: 'Um dia Deus vai me recompensar'.

Tá vendo, temos esperanças demais (o que não é ruim), mas as vezes, observamos algumas pessoas, que passaram a vida toda desse jeito, e continua passando por tudo isso. Cade 'papai do céu'? Cadê o otimismo? Cadê a valorização?

Ou essas pessoas, realmente se contentam com pouco e não vão atrás, ficam no comodismo, ou elas nem merecem tanto assim quanto pensam. Será mesmo?

Vou dormir e lembrar que amanhã virá um novo dia;
vou acordar e saber que tenho mais uma chance para viver;
vou ler meus livros e esquecer por um momento que os problemas não resolvem por si só;
vou correr, para sentir o vento batendo contra meu rosto, lembrando que vale a pena estar vivo;
vou amar e saber que sou importante para alguém;
vou chorar também, claro, para que eu possa dar valor à cura, pois um dia houve dor;
vou cantar e espantar todos os males que um dia me espantaram;
vou ser feliz e ter o mundo para mim, não importa o tamanho dele.